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sábado, 28 de agosto de 2010

CA-JÚ DECISIVO


Futebol/Brasileiro Série C - (28/08/2010 12h03min41 )

Clássico 'Ca-Ju' decide futuro de rivais na Série C

Do correspondente Vicente Fonseca - Porto Alegre (RS)

O Estádio Centenário, em Caxias do Sul, viverá uma tarde conturbada neste domingo. Rivais, Caxias e Juventude farão o clássico mais tenso dos últimos anos, num jogo que poderá definir os rumos de ambos na Série C do Brasileirão.

Em situação dramática, o Juventude precisa da vitória de qualquer forma para escapar do fiasco de cair da Série B para a D em menos de um ano. Depois de 13 temporadas na elite, o Papo vive sua pior fase nas últimas décadas. A equipe, que ainda não venceu neste campeonato, tem apenas três pontos e ocupa a lanterna de seu grupo. O momento é tão complicado que nem mesmo uma vitória contra o maior rival tira o Ju da lanterna.

O técnico Beto Almeida acredita que uma vitória no Centenário é a grande chance de o Juventude recuperar o moral, sair do rebaixamento e até mesmo brigar por uma das duas vagas neste pentagonal inicial. "Quando estou mal na tabela, fico ansioso para jogar com quem está na frente. É a nossa chance. O Caxias, para nos vencer, vai ter que jogar muito", avisa Almeida, que comandou o Pelotas numa grande campanha do Gauchão deste ano, quando quebrou uma série de 15 vitórias do Grêmio com um 2 a 1 em pleno Olímpico, onde o Tricolor não perdia há mais de 50 jogos.

Dois dos últimos três treinos do Juventude foram fechados, visando a aumentar o mistério para o clássico. Com isso, fica difícil projetar uma escalação para o time neste domingo. Uma possibilidade, ainda assim com três dúvidas, é Jônatas, Rafael, Bruno Salvador e Fred; Celsinho, Umberto, Gustavo (Júlio César), Christian Yeladian (Marcos Paraná) e Calisto; Cristiano e Ismael Espiga.

Já o Caxias luta para se classificar às quartas de final e ficar a um passo de voltar à Série B, de onde caiu em 2005. O técnico Julinho Camargo, cogitado para assumir a seleção brasileira sub-20, entende que o empate não é bom para nenhum dos dois lados, e que a hora é de correr riscos.

Julinho disse que esperava há muito tempo por esse Ca-Ju em casa, onde a torcida grená pode fazer a diferença. Entretanto, respeita muito a história do Juventude, rechaçando o rótulo de favorito, mesmo que o momento do Caxias seja muito melhor. O treinador poderá lançar mão de Rodrigo Paulista, ex-Internacional, para o ataque, caso opte por um time mais ofensivo. O meia Edenilson completará, no clássico, 50 partidas com a camisa grená. O provável Caxias terá Fernando Wellington; Alisson, Anderson Bill, Claudio Luiz e Edu Silva; Renan, Itaqui (Rodrigo Paulista), Edenilson e Marcelo Costa; Adriano e Palácios.

Com sete pontos, mas apenas quatro jogos disputados (todos os adversários da chave têm cinco), o Caxias ocupa o 3º lugar, atrás de Chapecoense (nove pontos) e Criciúma (sete), à frente do Brasil de Pelotas (sete) e do Juventude (três). Uma vitória é fundamental para chegar aos dez pontos e encaminhar a classificação, já que o Caxias terá dois jogos fora contra os catarinenses e apenas um em casa, contra o Brasil. Já o Juventude, perdendo, praticamente dá adeus à Série C.

A arbitragem será do gaúcho Vinícius Costa. O clássico começa às 15h30 (horário de Brasília) deste domingo.

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